Clique aqui para mais informações de
Manu Ángel.

terça-feira, 14 de abril de 2009

MaNTón De MaNiLa

Cuando una bailaora quiere levantar el vuelo, una delicada pieza de seda cuajada de bordados florales hace las veces de alas. Igual que la mujer sevillana hizo suyo el mantón de Manila desde que este complemento chino comenzara a importarse en el siglo XVI a través de Filipinas, entonces colonia española, fue adoptado por la cantaora como parte de su vestuario de escena y por la bailaora como pieza clave de su baile (...).

Manila, capital das Filipinas, deu o nome a um dos complementos com que a mulher sevillana e, por consequencia, sua escola de baile flamenco se sente mais identificada.

Dizem que, na época das colônias, grandes cargas de tabaco chegavam à Sevilla, vindas das Filipinas. Este tabaco era empacotado em grandes telas de seda que não eram comercializadas devido à baixa qualidade ou por apresentarem falhas. Estas telas não passavam de tecidos recortados de forma quadrada, ideal para proteger o tabaco pois lhe absorviam a umidade.

Em Sevilla, as mulheres que trabalhavam na fábrica de tabaco (onde esteve empregada a mítica Carmen) cortaram estas peças em 4 partes e adicionaram a elas franjas. Posteriormente, os “Mantones de Manila”, foram enriquecidos pela alta alta sociedade com bordados formosos de temas variados (no início os chineses eram os temas mais comuns). A delicadeza e o colorido dos bordados dos mantones cativou as sevillanas.

O mantón original teve os desenhos de dragões substituídos por flores e pássaros, adaptando-se ao gosto andaluz. Com o tempo foram criados diferentes estilos: tradicional, isabelino, de cigarreras, de pássaros, de rosas. Inclusive, Villamanrique de la Condesa (localizada na província sevillana) especializou-se na confecção destes mantones artesanais que são considerados marca registrada da região.

Atualmente, apesar de algumas empresas sevillanas serem especializadas em mantones e possuirem as mais diversas coleções de desenhos, alguns bordados são feitos na China.

Para conferir o mantón de Manila documentado na história do flamenco basta reparar em pinturas, fotografias ou vídeos de época. Bailaoras e cantaoras como La Macarrona, La Malena, La Argentina, Pastora Imperio, La Niña de los Peines aparecem envoltas em mantones ricamente bordados.

Dando continuidade à esta escola encontramos algumas bailaoras, como Milagros Mengíbar, Blanca del Rey, Maria Pagés e Belén Maya que dominam a técnica do mantón, enfatizam a importância deste adereço nas suas montagens coreograficas.

Referências de Vídeo:


Yerbabuena


La Negra, com mantón e bata de cola.


Natália Meiriño, Caña com Mantón

Fontes:
http://www.flamenco-world.com/
http://www.blogcoba.cl/

quarta-feira, 8 de abril de 2009

FAnDaNgOS


“Cuando la vi, de llorar

Creí volverme loco
Cuando la vi, de llorar
Pero luego me enteré
Que ella lloraba por otro
y entonces fui yo el que lloré”

[Do português fado, que significa baile e canto típico]. É uma forma musical característica do folclore espanhol, que sofreu um processo de aflamencamento ao se estabelecer na província de Huelva, sul da Espanha.

Ainda que existam outras modalidades de fandangos em distintos pontos da região da Andaluzia, os de Huelva possuem características especiais que os diferem do restante.

Mesmo que no príncipio fosse apenas cante para se dançar, atualmente muitas das suas variantes são cantes para se escutar. Muitas vezes o guitarrista opta por um sistema livre de ritmo para permitir que o cantaor se expresse melhor. O guitarrista se limita, então, a “responder” ao cante, com os acordes referentes à sua tonalidade. Nesses casos, os fandagos podem ser inteiramente livres, ou ter o compasso bem marcado entre uma letra e outra.

Como baile é um estilo muito antigo, de caráter popular, que foi adquirindo com o tempo características próprias do flamenco. As letras costumam ser sentenciosas, algumas com importante carga político-social, ou sobre amor:

“que te lo digo por tu bien
torres más altas cayeron
porque tú tengas dinero
a mi no me trates tú a mi con el pie
porque eso no es de caballeros.”

“Loco busco con mi alma
quién me diga la verdad
por qué se matan los hombres
y tienen tanta maldad
y a mí nadie me responde.”

“Por culpa de tu cariño,
Lo que yo estoy padeciendo,
Te llevo en mi pensamiento,
Por ti lloro como un niño
Porque te sigo queriendo.”

As coplas dos Fandangos são de quatro ou cinco versos octossílabos, que em algumas ocasiões se convertem em seis por repetição de algum deles. Seu compás é de três tempos (ternário): 1 2 3 4 5 6

"Si me has de olvidar mañana
Pa qué me quieres hoy?
Si me has de olvidar mañana
La hierbabuena se cría
en la corriente del agua
Que si no mañana otro día"


Referências de vídeo:


Argentina


Diego el Cigala


Chicuelo e Poveda


“Sentao en el valle
debajo de un limonero
escucho sonar el río
mi sombra da en el romero.

(Poveda) Besándola vi yo un día
y ante la imagen de cristo
golpes se daba en el pecho
y es que estaba arrepentía
del daño que m'había hecho.

(Duquende) Mira qué desgracia más grande era la mía
que por qué no me vienes a ver
soy un cuadro de tristeza
arrumbaíto en la paré
a eso sólo se le llama tristeza.

(Poveda) Mi corazón y mi alma
sólo Dios conoce
mi pena y mi alegría
el camino de mis pasos
y la estrella que a mi me guía.

(Duquende) Siempre le queda un recuerdo
a aquel que ha estao enamorao
a ese le quea un recuerdo
quien no ha estao enamorao
no tiene perdón de dios
siempre será un desgraciao.”

GLOSSÁRIO

• Cante: Música, letra.
• Copla: Verso.
• Compás: Ritmo, melodia, batida.

Fonte:

Es Flamenco:
http://www.esflamenco.com/palos/esfandango.html?frmSaveCookie=TRUE

Didáctica del Flamenco:
http://flun.cica.es/flamenco_y_universidad/flamcd/b/b2/2.htm

sábado, 4 de abril de 2009

BaTA de CoLA

Bata de Cola é o termo que designa um traje típico da mulher andaluza para determinadas festas. Trata-se de uma saia ou vestido com cauda.

Geralmente, os babados começam na altura do joelho de modo que haja espaço suficiente para o movimento das pernas. Uma Bata de Cola bem feita é confeccionada de modo que a cauda seja firme o suficiente para cair gentilmente e não embolar.

No Flamenco é utilizada em alguns bailes como a Soleá, as Alegrias e os Caracoles.

Para bailar com Bata de Cola é necessário muita destreza. Por isso, este instrumento não é indicado para iniciantes no baile flamenco.

A boa bailarina estabelece, no baile, um vínculo tão forte com a cauda da sua Bata que transmite a sensação de que ela é parte de seu corpo. Em alguns momentos do baile é como se a bailarina estivesse bailando para a própria Bata. A técnica inclui dosar o impulso para tirar a cauda do caminho com um movimento semelhante a um chute. No entanto, esse "chute" precisa ser suave para que a bailarina não pareça um jogador de futebol. Em alguns movimentos, a saia precisa ser sustentada por um tempo maior e conhecer o funcionamento das articulações dos membros inferiores é fundamental para uma atuação bem sucedida. O ideal para o baile é que a técnica da Bata de Cola esteja apurada de modo que a bailarina não tropece na cauda ou a deixe virar.

Referências de Vídeo:



Eva Yerbabuena, Fandangos


Inma Ortega, por Alegrias


Concha Jareño, Alegrias


Rocio Molina, Belén Maya e Merche Esmeralda, por Fiesta


Angeles Gabaldón