Que alegría aquel que tiene
unos ojos que le lloren
y unos labios que le recen…
Também conhecido como a Bulería da região da Extremadura, o cante por Jaleos provém do ritmo folclórico de mesmo nome que, ao aflamencarse, se torna um palo flamenco. Seu ritmo é mais vivo que a Soleá, e mais pausado que a Bulería.
Os ciganos extremeños adoram esse ritmo. Os tradicionais cantes de boda, entoados nos rituais dos casamentos ciganos, são feitos por Jaleos e são comuns aos mais diversos assentamentos ciganos.
Em algumas ocasiões, como celebrações, festas familiares e feiras, era comum os artistas de diferentes famílias e assentamentos escutarem cantar uns aos outros. Essas ocasiões se celebravam com muito rebuliço e barulho, motivo pelo qual se intui a razão do nome “
jaleos” (confusão).
Alguns flamencólogos opinam que o
cante por
Jaleos, ao se solenizar e receber as marcas pessoais dos distintos intérpretes, deu início ao nascimento da
Soleá.
Vengo de mi “Extremaúra”,
de ponerle a mi caballo
de plata las “jerraúras”.Os jaleos extremeños reúnem o sotaque próprio dessa região espanhola, e também conservam o arcaísmo do
compás e o sentido musical que os enquadra entre a
Soleá e a
Bulería. No
baile, pode ser usado sozinho, como fim de
baile ou como transição entre dois ritmos (ex.: Soleá por Bulerías – Jaleos - Bulerías).
A característica rítmica é o meio
compás, que pode ser marcado da seguinte forma: 7
8 9
10 11
12Voy por la carretera
me eché el sombrero a la cara
para que el sol a mi no me dieraReferências de Vídeos